segunda-feira, 29 de junho de 2015

Aécio denuncia as permanentes mentiras do PT

Propaganda Enganosa
Por Aécio Neves-  Folha de São Paulo

O desapreço do governo petista pelos limites fixados pela lei, ou recomendados pelo bom senso, já é conhecido dos brasileiros. Começa pelas pedaladas fiscais, passa por mentiras eleitorais e chega à corrupção generalizada.

Agora, temos mais uma demonstração de como, sem constrangimento, o governo financia com recursos públicos a divulgação de mentiras.

Basta ver a milionária propaganda que foi ao ar para tentar justificar o ajuste fiscal. Ela deixou de prestar contas ou informar à população, transformando-se em mera peça partidária que alterna opinião, autoelogio, dados questionáveis e mentira pura e simples.

Transcrevo os principais trechos do comercial levado a milhões de brasileiros. "("¦) O mundo passa por uma crise cujos efeitos no Brasil foram amenizados com ações do governo federal ("¦) O governo manteve o crescimento do emprego e da renda (...) e a ampliação dos créditos subsidiados ao acesso à educação. Conquistas garantidas. (...) Os direitos trabalhistas e benefícios conquistados estão todos assegurados (...) As tarifas de energia tiveram que ser aumentadas em função da seca."

A propaganda fere a lei e a verdade. Fere a lei pois deixa de informar para opinar (ações do governo amenizaram a crise, por exemplo). Agride a verdade quando diz que o crescimento do emprego e a ampliação dos créditos subsidiados para a educação estão mantidos. Ou quando afirma que os direitos trabalhistas estão todos assegurados e que as tarifas de energia aumentaram por causa da seca.

Ao contrário do que diz o governo, dados oficiais evidenciam o aumento do desemprego e a diminuição dos investimentos na educação. Direitos trabalhistas foram reduzidos. E chegamos ao absurdo de ver a seca responsabilizada pela crise sem precedentes que atingiu o setor elétrico.

Semana passada, o juiz federal Ricardo Coelho Borelli, da 20ª Vara do TRF da 1ª Região, determinou a suspensão da campanha, afirmando que "a publicidade feita pelo governo federal ofende diretamente os princípios basilares da boa administração pública, trazendo inconsistências entre sua divulgação e o efetivamente ocorrido".

Diante da gravidade desse fato, é justo que se indague quem, agora, informará à população que ela foi enganada.

É para responder a esse tipo de abuso que apresentei, no Senado, projeto de lei que responsabiliza gestores públicos pela divulgação de informações não confirmadas por fontes confiáveis e obriga governos, quando for o caso, a pagarem pelo esclarecimento.

Hoje o Brasil sabe que o PT mentiu para vencer as eleições. E agora percebe que ele continua mentindo. Só que com o nosso dinheiro.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Aécio Neves lidera pesquisa Datafolha para presidente



Em simulação, Aécio lidera corrida eleitoral com 35%, mostra Datafolha

RICARDO MENDONÇA
EDITOR-ADJUNTO DE "PODER"- Folha de São Paulo/Uol
Numa simulação de eleição para presidente da República feita pelo Datafolha, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) alcançou 35% das intenções de voto, o que lhe garante a liderança da corrida com dez pontos de vantagem sobre o ex-presidente Lula (PT).

Em terceiro lugar, com 18% das intenções de voto, aparece a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PSB). Luciana Genro (PSOL), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), e Eduardo Jorge (PV) alcançaram 2% cada um Aécio, Marina, Luciana Genro e Eduardo Jorge concorreram à Presidência no ano passado. Mas foram derrotados pela presidente Dilma Rousseff, reeleita no segundo turno contra o senador tucano.

No levantamento do Datafolha, 11% disseram que votariam em branco, nulo ou em nenhum dos nomes apresentados. Outros 5% afirmaram não saber em quem votar.

O instituto também fez uma simulação de disputa presidencial com o nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), no lugar de Aécio.

Neste caso, Lula e Marina empatariam tecnicamente em primeiro lugar com 26% e 25%, respectivamente —a margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou para menos.

Alckmin ficaria em terceiro lugar com 20%. Paes e Luciana Genro alcançariam 3% cada um. Eduardo Jorge ficaria com 2%. Brancos, nulos e nenhum somam 14%. Indecisos, 7%.

A eleição, nesse caso, ficaria mais parecida com a de 2006. Naquele ano, o principal adversário de Lula, que disputava a reeleição, foi Alckmin. No segundo turno, o petista venceu o tucano.

O Datafolha fez 2.840 entrevistas na quarta-feira (18) e na quinta (19).
Editoria de Arte/Folhapress

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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Aécio Neves : "É preciso coibir a avidez do governo"




Estatais sob controle

Mais opções

Até um passado recente, marcas como Petrobras e Correios eram sinônimo de excelência em suas áreas de atuação, com uma qualidade de serviços prestados ao mercado e à sociedade que dava orgulho aos brasileiros. Este tempo se foi.

Transformadas em instrumentos de ação política e servindo prioritariamente a interesses partidários e pessoais, essas e outras empresas estatais tornaram-se, lamentavelmente, exemplos de gestão inepta. Escândalos revelados na Lava Jato mostraram o quanto o debate sobre governança precisa ser aprofundado.

Mais que nunca, é preciso profissionalizar a gestão das empresas públicas. Dentre as propostas que trouxemos para debate na campanha eleitoral, esse tema ocupava lugar de relevância. Infelizmente, não houve interesse do PT em avançar nesse campo.

Na última semana, apresentei um projeto de lei que estabelece requisitos de experiência e aptidão técnica para a ocupação de diretorias e conselhos de administração em empresas estatais e sociedades de economia mista. O projeto elenca ainda uma série de mecanismos obrigatórios de gestão, controle e prestação de contas e condutas éticas.

Na mesma direção, os presidentes da Câmara e do Senado apresentaram iniciativa para ampliar o controle da sociedade sobre a administração estatal. Há um sentimento geral e suprapartidário (do qual o PT se exclui) de que é preciso construir um novo padrão de empresa pública no país.

As estatais representam uma parte importante dos empregos gerados, atuam em serviços essenciais e têm papel estratégico na competitividade geral do país. Não devem servir a governos e partidos políticos, mas à sociedade.

O grupo político no poder foi pródigo no loteamento de cargos públicos e na politização da administração direta e indireta, além de ocupar os fundos de pensão e diversas instâncias gerenciais. Há dezenas de empresas estatais sob controle da União, e nada sabemos sobre como se deu a indicação de seus dirigentes. Ou melhor, sabemos que a carteirinha do PT é mais valiosa que qualquer currículo qualificado.

Basta. É preciso coibir a avidez do governo de plantão e criar mecanismos que preservem as estatais das tentativas de cooptação por interesses político-partidários.

O que precisa ser feito é claro: recrutamento profissional dos dirigentes, transparência na gestão, definição de metas de desempenho, prestação de contas periódicas. Mais meritocracia, menos ingerência política sobre a distribuição de cargos e verbas públicas.

Trata-se de uma mudança cultural expressiva nos moldes da gestão pública praticada no país. É um novo Brasil que precisa se projetar, mais transparente, mais eficiente, que olha para o futuro

Aécio Neves  - Folha de São Paulo

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Aécio chama atenção para a grave crise social criada pelo governo Dilma



A crise que o Brasil enfrenta não é apenas moral e econômica. Ela vai se confirmando também como social. Enquanto o governo reluta em reconhecer a existência da primeira, deliberadamente fecha olhos e ouvidos para a segunda.

O último reajuste concedido ao Bolsa Família foi anunciado há mais de um ano, não por acaso, véspera do período eleitoral. A realidade de hoje joga por terra os números do discurso do governo, que foi alimentado por uma milionária campanha publicitária que apontava quantos brasileiros teriam deixado a miséria no país.

O desemprego chega a milhares de lares brasileiros e nunca os slogans do governo foram reduzidos tanto a meras peças de ficção, totalmente descolados da vida real da população como agora.

Aqui, a "Pátria Educadora" é a mesma que restringe o Fies e corta o Orçamento da educação, ignorando a tragédia da má qualidade do ensino.

O crescimento prometido simplesmente desapareceu. A economia parada aumenta a insegurança dos brasileiros envolvidos pelo sonho prometido do crédito farto, fácil e barato, que agora vem cobrar o seu preço, com os juros (de novo) na estratosfera e milhares de famílias endividadas.

As providências são mais do mesmo, sem que o governo saia da sua zona de conforto. Para tanto, melhor trabalhar com o chapéu alheio: aumento da carga tributária e corte de investimentos públicos essenciais à sociedade. Nenhum sinal de apreço à austeridade, como a redução das dezenas de ministérios ou extinção dos milhares de cargos de livre nomeação, ocupados pelos ativistas e militantes, em longo e dramático processo de aparelhamento do estado nacional.

A impressão é de que os problemas surgiram por geração espontânea. Ninguém decidiu sobre a política econômica adernada em equívocos primários, irresponsabilidades e descrédito! Ninguém nomeou os que tomaram de assalto o estado nacional e ninguém ordenou a subtração dos bilhões em propina nas obras e nos contratos das estatais.

A verdade é que o país se cansou da crônica terceirização de responsabilidades e espera apuração rigorosa e punição dos que erraram, para finalmente virar esta página triste da nossa história.

Não posso deixar de registrar reportagem publicada neste domingo (31) pelo jornal "O Globo", que trouxe um ranking da miséria no país.

Constatar que Minas Gerais é o Estado que, apesar das contradições regionais, possui a menor proporção de pessoas em situação de miséria no Sudeste e a sexta menor do país, reafirma a minha convicção sobre a importância do trabalho sério realizado no Estado nos últimos anos, incluindo as parcerias feitas com as diferentes esferas de governo e, sobretudo, com a sociedade.

Aécio Neves - Folha de São Paulo

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Aécio Neves: " Dilma tira o maior sonho de milhões de brasileiros"







Por Aécio Neves/ Folha de São Paulo

Pátria Educadora

" O governo do slogan "Pátria Educadora" trata muito mal a educação. A nova prova está no corte orçamentário anunciado, que penaliza toda a sociedade: o Ministério da Educação foi o terceiro mais atingido, atrás apenas das pastas de Cidades e da Saúde.


Vários programas da pasta já estavam debilitados antes mesmo do anúncio dos cortes. Basta dizer que neste ano, quase 200 mil alunos ficaram fora do Fies. No Pronatec, usado como carro-chefe da última campanha eleitoral, a situação é dramática já que, em muitos lugares, o ano ainda não começou, em função dos atrasos de pagamentos para escolas e professores.


A promessa de realizar dois Enems por ano parece ter sido arquivada em definitivo.

Também nessa área parece não haver consenso dentro do próprio governo. Recentemente, posicionamento do ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência, Mangabeira Unger, autor do documento Pátria Educadora, que, sem meias palavras, classificou a educação brasileira como "calamitosa", recebeu críticas de diversos educadores.


Nesta semana, os professores de 43 instituições federais de ensino anunciaram greve por melhores salários e pela falta de estrutura de trabalho.


Nos primeiros meses do ano, o Ministério da Educação chegou a reduzir em um terço o repasse de verbas para as universidades federais.

Estudar é o sonho maior para milhões de brasileiros.

Apesar de nas duas últimas décadas ter havido um processo contínuo de inclusão social, ainda hoje mantemos intocada uma enorme dívida social também nessa área. Ninguém desconhece os desafios acumulados pelo país neste campo. Um grande número de nossos jovens, infelizmente, ainda não consegue concluir, no tempo correto, o ciclo que se inicia no ensino básico até o superior. Perdemos, pelo caminho, milhares de brasileiros para a repetência ou a evasão e muito pouco temos feito para reverter essa tragédia, que impacta diferentes gerações de brasileiros.

Este quadro precisa ser enfrentado com coragem. O Brasil já destina mais de 5% do PIB para a educação, recursos que chegarão a 10% até 2024. Mais investimento no setor é sempre uma ótima notícia, mas, sem gestão de qualidade, ninguém sabe se esses recursos vão realmente servir aos brasileiros da forma transformadora, como poderiam e deveriam.

Os resultados em educação dependem de políticas públicas consistentes e de longo prazo. A curto prazo, no entanto, o que se vê é um governo que não poupa a área social na hora de fazer os cortes orçamentários para cobrir a conta de tantos erros cometidos. Ao lado dos brasileiros, o futuro do país também está pagando a alta conta dos erros do governo do PT "

Aécio Neves

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Aécio Neves mostra a diferença entre a credibilidade de FHC e a popularidade de Dilma




Popularidade x credibilidade

Por Aécio Neves   - Folha de São Paulo

Presenciei mais um amplo e justo reconhecimento internacional a Fernando Henrique Cardoso, o presidente que mais fez pelo desenvolvimento do Brasil e pelo fortalecimento de suas instituições, na nossa história contemporânea, e que recebeu semana passada, da Câmara de Comércio Brasil-EUA, o título "Pessoa do Ano".

Ao lado do ex-presidente americano Bill Clinton e diante de um auditório repleto de políticos e empresários, FHC fez um discurso que já nasceu célebre, coroado por uma frase precisa: "Pode-se governar sem popularidade, mas não se pode governar sem credibilidade". Nada mais atual.

Lembro que, em seus oito anos no Palácio do Planalto, FHC perdeu popularidade, mas jamais a credibilidade. Teve sempre como bússola a responsabilidade fiscal ao tomar medidas que, se não fossem as de aplauso fácil, eram absolutamente necessárias para colocar o país no mesmo passo do mundo em desenvolvimento ou impedir qualquer recuo ou risco às preciosas conquistas da estabilidade.

Especialmente no seu segundo mandato, como se sabe, enfrentou crises internacionais severas e instabilidades de toda ordem, além de uma oposição implacável. Ainda assim, jamais se permitiu apelar para o populismo barato, nem para a gestão irresponsável. O resultado foi a entrega ao sucessor de um país muito melhor e mais sólido do que recebeu.

Hoje, temos uma presidente que comanda um governo sem rumo, sem projeto e sem credibilidade. E essa não é mais a visão de um militante da oposição, mas do mundo. Fechamos a última semana com o Banco Central emitindo um boletim que confirmou a desaceleração da atividade econômica em todo o país.

No mesmo dia do reconhecimento a FHC, o FMI divulgou um estudo sobre a economia brasileira, no qual aponta "a erosão da credibilidade das diretrizes econômicas, em razão da persistente deterioração dos resultados fiscais e da inflação acima da meta".

Mais importante do que qualquer medida formal, para as instituições internacionais o crucial é o resgate da credibilidade e da confiança nas decisões econômicas. Missão difícil para um partido que mentiu durante toda a campanha e comanda um governo que não consegue convencer nem os membros de sua própria base aliada da necessidade de um ajuste nas contas públicas nos moldes do proposto pela administração federal.

Um governo que, em todo o primeiro mandato da presidente Dilma, desprezou a responsabilidade e recorreu a pedaladas fiscais para esconder os gastos irracionais e o populismo eleitoreiro. Fórmula que pode ter até lhe dado a reeleição, mas que lhe retirou grande parte do respeito de milhões de brasileiros.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Aécio cobra investigação nos Correios




E os Correios?

Dias atrás, a Justiça atendeu ao pedido da Associação dos Profissionais dos Correios e suspendeu o pagamento das contribuições extras de participantes do fundo de pensão Postalis como forma de equacionar o enorme rombo existente, resultado da negligência e da crônica má gestão.

Revisito a matéria porque, com todas as atenções voltadas para os graves desdobramentos do escândalo da Petrobras, outras situações não menos graves vão se diluindo sem conseguir mobilizar o país.

É exatamente o que acontece com a crise dos Correios, outra empresa que se transmudou em uma espécie de resumo das mazelas que ocorrem no país: corrupção, compadrio, ineficiência e uso vergonhoso do Estado em favor de um partido político.

Nos últimos anos, os Correios, assim como outras empresas públicas e seus fundos de pensão, foram ocupados pelo PT. Na campanha eleitoral do ano passado, a estatal foi instrumento de graves irregularidades.

A propaganda da candidata oficial à época foi distribuída sem o devido e necessário controle. A consequência foi que milhões de peças podem ter sido encaminhadas sem o pagamento correspondente. Recentemente, o TCU concluiu que a empresa agiu de forma irregular. Até aqui, pelo que se sabe, ficou por isso mesmo.

Mas não foi só isso. Além de fazer o que não podiam, os Correios não fizeram sua obrigação: deixaram de entregar correspondências eleitorais pagas pelos partidos de oposição. Ação na Justiça denuncia que correspondências de partidos com críticas ao PT simplesmente nunca chegaram aos seus destinatários.

Some-se a isso o escândalo do vídeo gravado durante uma reunião, no qual um deputado petista cumprimenta funcionários da empresa e, sem nenhum pudor, reconhece o uso político dos Correios. Diz ele: "Se hoje nós estamos com 40% [de votos] em Minas Gerais, tem dedo forte dos petistas dos Correios".

Denúncias como essas foram feitas por funcionários da estatal indignados não só com o prejuízo financeiro, mas com o comprometimento da imagem de uma empresa que até pouco tempo atrás tinha a confiança de todos os brasileiros. A conta é alta: o rombo do Postalis pode ser de R$ 5,6 bilhões.

O que vem ocorrendo no fundo de pensão dos Correios não é diferente do que acontece nos demais fundos, tomados, de uma forma ou de outra, pela doença do aparelhamento e da má gestão, com prejuízos incalculáveis aos trabalhadores e ao país.

O Brasil aguarda e exige que investigações rigorosas alcancem também as autênticas caixas-pretas em que esses fundos se transformaram e que resumem o que há de pior na vida pública brasileira. É hora de cobrar responsabilidades e transparência.
Folha de São Paulo